"Notando, porém, o meu espanto, explicou, sem voltar-se, sempre debruçado ao parapeito e com o mesmo vagar:
- Arhat servia-de do símbolo como expressão do mistério. O que se não pode dizer ou representar figura-se. A cor é o símbolo para os olhos, o som é o símbolo para os ouvidos, o aroma é o símbolo para o olfacto, a resistência é símbolo para o tacto. A própria vida é o símbolo. A verdade, quem a conhece? A chave dos símbolos abriria a porta de ouro da Ciência, da verdadeira e única Ciência, que é o conhecimento da causa."
Coelho Netto, Esphinge, 3.ª ed., Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão, 1925, p. 53 [ort. actual.].
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