"A ramificação aurífera das árvores
filtra a frança feliz de esbraseamento.
Até o crepúsculo ir extinguindo o ardor que sabe
a escuro conhecimento.
Depois, o vulto de escuridão só se abre
à passagem da brisa. Que discrimina o alento
carregado de enxúndia, que perde, pelo que foi a tarde,
a engurgitação de fundos elementos.
E aligeira-se então. Então a árvore
respira. E as raízes destrinçam o escurecimento
pronto à brancura que há-de, na ramagem,
nimbar a noite. Com o tronco ao centro."
Fernando Echevarría, Geórgicas, Porto: Afrontamento, 1998, p. 166.
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