"Esta chuva nos consola
do tempo que nos devora.
Devolve o pranto acrescido
de uma esperança na terra
que pisamos e adotamos,
terra em que somos sofridos,
desesperamos e amamos,
perseveramos vivendo
(antes mortos que vividos)
e, bem mais, sobrevivendo.
A chuva nos elabora
perfeita flora de antigo."
Maria Ângela Alvim, Superfície - Toda Poesia, Lisboa: Assírio & Alvim, 2002, p. 105.
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