“Ficou ali a recordar quando ela e a irmã se meteram por um atalho verde e, à beira do caminho, viram uma faia pequena e terna que tinha sido cortada. Via-se, pela cor da madeira, que havia sido cortada alguns dias antes. Então, viram que a pobre árvore decepada já tinha começado a vicejar e que novas folhas brotavam dos botões. A irmã adoptiva parara e debruçara-se sobre a árvore.
- Ai, pobre árvore! – dissera ela. – Que mal terás tu feito para que não morras, mesmo tendo sido decepada? Porque tens de fazer brotar as tuas folhas, como se estivesses ainda viva?”
Selma Lagerlöf, O Tesouro, trad. Liliete Martins, 3ª ed., Lisboa: Cavalo de Ferro, 2017, p. 65.
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