"tarda
o silêncio todo
dentro da cabeça.
é tempo da recolha dos peixes.
tempo é tempo de me trazeres
pela mão asas,
desferrolhos que cheios de vezes às vezes trazes.
fora: a realidade, vê.
um restolhar de asas,
senhora, que cheio de vezes fazes,
por que subterrâneos, por que pedras,
crê, voltarão.
voltarão os pássaros."
Óscar Possacos, cantaria, Porto: Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, 2014, p. 95.
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