"a espera
é uma trajectória
no sentido do silêncio
é corpo deslocado da multidão
conduz as funestas orquídeas,
à vizinhança do que vibra
é corpo d'anfetaminas
exilado na insuturada ferida,
do torso resta o tronco
a sombra rumo à sombra
à finitude d'alguém
que fala
entre a desmesura
e a penumbra"
Luís Filipe Pereira, Elogio da espera [61+43 poemas], Lisboa: Poética Editora, 2022, p. 155.
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