"Ai, que podem os vestidos,
que podem os espelhos?
Tempo!
Tu é que tens a última palavra!
Corres,
e, sem dó, tudo inutilizas.
Bem hajas!
Inutiliza! Mas não demores!
Destrói! Mata!
Que o pior mal,
de todos o pior,
é esperar,
sempre esperar."
Irene Lisboa, "Um Dia e Outro Dia", in Poesia I, Lisboa: Editorial Presença, 1991, p. 41.
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