"Já não sabemos das vinhas onde dormimos
mas os sonhos vagueiam
chispa de água cheiros primordiais.
Do oiro das colinas percebemos o tamanho dos dias
a ternura do crepúsculo
olhos ainda cheios de uvas maduras.
E é pouco o que peço
poder olhar o horizonte
voar em ventos lavados
descansar nos campos abertos
os outeiros beijarem as nuvens.
E saber que isto nos basta."
Zeferino Silva, Bosque de Romãzeiras, Hexágono, 2019, p. 73.
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