"Descia a noite lenta, quando os dois
chegavam ao vetusto povoado;
em vão batem às portas; ao depois
vão pedir aos rebanhos gazalhado.
E alcançavam-no: uma penha escura e fria
prestes se faz um céu de plena luz;
José busca lugar para Maria,
os dois fazem lugar para Jesus.
Na catedral do mundo, àquela hora,
Maria é altar-mor onde se adora
o Eterno, o Imenso, o grande Criador.
Bendito seja tanto amor divino;
bendito seja o Amor feito Menino;
bendita a Mãe que o mostra ao nosso amor."
António Moreno, in António Salvado, Anunciação e Natal na Poesia Portuguesa, Lisboa: Editorial Polis, s.d., p. 165.
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