"Não há cores puras: azul em nuvens
cinzas e o prata das luzes de mercúrio
confundem-se
A árvore toca o céu numa beira,
precipício
E uma placa,
aqui, é proibido jogar lixo
A árvore mínima se projeta
na atmosfera à beira de um barranco
Os troncos contra um fundo de listras:
árvore no fim da tarde em ramos
A casa se avista com telhado
junto à terra,
casa-árvore
A casa com um telhado-morro
e com alguém no interior
A mesma casa se vê, lateral
branca, triângulo sobre retângulo
De repente,
semicírculo
como uma lua que se precipita
Estrada curva que desaparece,
sobre um morro verde desaparece
na paisagem
Estrelas agora são personagens"
Régis Bonvicino, Lindero Nuevo Vedado - antologia poética, Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2002, pp. 49-50.
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