"os santos quase permanecem
dançando no lugar onde o vento
crava as patas, os astros sobre a terra, caminham
dentro do ar, tão brusca e não-memória
da grande infância americana, e o rosto
enrugado do corpo, transmitem
a transição dos meses, as fronteiras
onde a ribeira da água anoitecera, eram os campos
longe da guerra, fechados sobre a noite,
quero dizer: as suas palavras seriam
como pequenas imagens ilustrando
a queda súbita dos dias,
não sabendo que o fogo se levanta
na mãe das despedidas,
escolhidos para
testemunhar a não-vitória.
e o vento os arrasta, e eles dançando
acontecem, no meio da guerra, os terrestres."
António Franco Alexandre, Poemas, Lisboa: Assírio & Alvim, 1996, p. 295.
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