" - Pois vocês cuidam que tudo o que é seguir metáforas é saber dizer equívocos? É o dizer anexins sem pés, nem cabeça? Nem aos metaforistas da moda lhes pode cair na cabeça que coisa seja metáfora ou alegoria. Eu dou com a cabeça pelas paredes de ver trazer pelo cabeção anexins sem propósito.
- Homem, o entendimento não é fazenda que ande em cabeça de morgado; quem não tem cabeça sempre é mais cabeçudo.
- Não repara em cabeçadas.
- Dizem despropósitos e quebram-nos as cabeças com se quererem meter na cabeceira do rol dos discretos."
D. Francisco Manuel de Melo, Feira dos Anexins, fixação do texto, notas e nota introdutória de Maria Sofia Silva Santos, Lisboa: Guerra e Paz, 2021, p. 29.
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