"O Presente é este sincero desgosto de muitos e intermitente embriaguez da felicidade de poucos. O Futuro é um descuido do maior número e uma aflição de poucos espíritos que vieram sãos a um mundo cheio de aleijados. O Passado, o Passado, é já agora o único, seguro e abençoado refúgio de quem pode ir por trevas dentro a bater asas de luz e a poisar-se lá sobre ruínas, onde não chega a pedra destes fundibulários que têm seus arsenais nos enxurdeiros das cidades florescentes."
Camilo Castelo Branco, Cavar em Ruínas, 7.ª ed., Lisboa: Parceria António Maria Pereira,1976, p. 6.
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