"Morre todas as noites uma águia
que só da minha vida se alimenta
Que mistura de cânhamo e de carne
no seu rasto de sangue me desvenda
Morre todas as noites no momento
em que volta a nascer de madrugada
E para lhe fugir ainda é cedo
E para celebrá-la já é tarde"
David Mourão-Ferreira, Poesia (1948-1988), 3.ª ed., Lisboa: Editorial Presença, 1997, p. 257.
que só da minha vida se alimenta
Que mistura de cânhamo e de carne
no seu rasto de sangue me desvenda
Morre todas as noites no momento
em que volta a nascer de madrugada
E para lhe fugir ainda é cedo
E para celebrá-la já é tarde"
David Mourão-Ferreira, Poesia (1948-1988), 3.ª ed., Lisboa: Editorial Presença, 1997, p. 257.
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