"Numa planura em que terminava a colina, estava o cemitério da paróquia, um cemitério de aldeia; não to descrevo. Imagina-lo sem isso, não é verdade?
Continuava-se com o cemitério um prado extenso, todo orlado de álamos gigantes e revestido de relva. Era no meio dele que se elevava a velha igreja paroquial, cujo estado de ruína, devido à sua remota antiguidade, a fizera, de há muito, abandonar de pároco e paroquianos. Em mais completa ruína se achava ainda a casa do abade, que, apesar disso, ali vivera sempre e atrás de cujo féretro se haviam fechado as portas da residência para nunca mais se abrirem."
Diana de Aveleda/Júlio Dinis, Cartas a Cecília e outra correspondência, Ribeirão: Edições Húmus, 2021, p. 15.
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