"Recorda-te dos bosques de Academos
da sua arte antiga.
Mas hoje a suspeição não te permite
argumentar entre os acantos
eternizar por folhas de hera, concluir
junto aos abetos, subindo entre veredas
de sombras com as sombras pelas sombras.
Estás contaminado por saberes funestos:
que todo te agitas num vazio de electrões
e sem sentido arde qualquer coisa de passagem."
Carlos Poças Falcão, "Pequeno Livro Azul"(31), in Arte Nenhuma, Língua Morta/Livraria Snob, 2020, p. 386.
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