"Hei-de entrar nas casas
também
como o silêncio
A ver os retratos dos mortos
nas paredes
um bombeiro um menino
A ver os monogramas bordados nos lençóis
os vestidos virados
os vestidos tingidos
os diplomas de honra
as redomas
E a caderneta de Socorros Mútuos
e Fúnebres
em atraso"
António Reis, Poemas Quotidianos, Lisboa: Tinta da China, 2017, p. 35.
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