"Neste humanismo abafa-se - e não sem um tremor
armamo-nos dos verbos de um programa insubmisso:
calar e apagar, desconectar, desaparecer.
Manda a democracia que falemos? Nós calamos.
Exige o espectáculo mais brilho? Apagamo-nos.
Devemos estar em rede e ao serviço? Desligamo-nos.
A Coisa Absurda chama-nos? Ah, não comparecemos!
Carlos Poças Falcão, "Sombra Silêncio", in Arte Nenhuma, Língua Morta/Livraria Snob, 2020, p. 499.
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