" O céu? Oh, mas o céu que a tua vista baça
Nos espaços procura, existe só na esp' rança
De quem sofre e tem fé!... Não se vê, nem se alcança,
Porque é somente uma quimera da Desgraça!
Quando a ilusão da Terra, enfim, um dia passa,
O infeliz que a perdeu, perdida a segurança,
Logo busca a ilusão do Céu, e só descansa
Quando a Morte, a fina, seu sonho despedaça!
O que diz, pois, o teu olhar amargo e triste?...
... - Que além, sobre o infinito Azul que nos ilude,
Está a essência original de quanto existe?..."
D. João de Castro, Jesus, 2.ª ed., Porto: Renascença Portuguesa, 1920, p. 77. [ort. at.]
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