"Na primavera, os marmeleiros
da Cidónia, regados pelas correntes
dos rios, lá onde das Virgens
está o puro jardim, e os pâmpanos
a crescerem sob folhagens sombrias,
rebentos de vinha. Mas para mim o amor
não descansa em nenhuma estação;
mas ardendo sob o relâmpago
como o Bóreas da Trácia,
lança-se de junto de Cípris com sedentas
insânias, tenebroso, desavergonhado,
e com força, de cima a baixo, sacode
o meu espírito."
Íbico, fr. 286 PMG, in Poesia Grega, de Hesíodo a Teócrito, ed. e trad. Frederico Lourenço, Lisboa: Queztal, 2020, p. 101.
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