"Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto as mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e de fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das árvores tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!"
Olavo Bilac, O Caçador de Esmeraldas e outros poemas, Rio de Janeiro: Ediouro, 1997, p. 62.
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