"quão inúteis
os instrumentos da espera
artificiais relhas
abrindo um enxame de brechas
cicatrizadas
expectantes
abrindo um traço
fibrilas crepusculares
intransitivas
de uma quase
estereofonia
abrindo com sílabas d'areia
o presságio
a mariposa
o fermento
das agulhas
postergado"
Luís Filipe Pereira, Elogio da espera [61+43 poemas], Lisboa: Poética Editora, 2022, p. 20.
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