"E essas imaginações trabalharam até aos nossos dias, o que deu origem à incrivelmente grande quantidade de alegações fantasiosas, atribuindo aos Templários todos os esoterismos, dos mais antigos aos mais vulgares, todas as variantes de conhecimentos de alquimia ou de magia, todos os processos de iniciação ou de afiliação, já existentes ou a vir - em resumo, todos esses «segredos» que alimentam uma ânsia de mistério inerente à natureza humana e que, por uma espécie de vingança instintiva, nunca parece mais confirmada do que nas épocas em que se parece rejeitar tudo o que parecia mistério: lembremo-nos de que foi no tempo de Descartes que os processos de bruxaria se multiplicaram; que foi nos princípios do século XVIII -século racionalista - que nasceu a franco-maçonaria; que o nosso século XX científico é também o século da proliferação das seitas e de um renascimento do ocultismo, etc."
Régine Pernoud, Os Templários, 2.ª ed., trad. Maria do Pilar Delvaulx, Mem Martins: Publicações Europa-América, 1996, p.153.
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