"O exílio nos retoma.
Com a idade a diluir-se pelo fundo abstracto
de um tempo inextinguível. Mas que sabe
à luz imóvel que resume o campo
no de fluir imperceptivelmente
por um trânsito quase que feliz.
E, enquanto flui, só se distrai. Escreve
o regresso implacável de país
que se incrementa. E é cristal. E volve
a timbre de um estado tão longínquo
que quanto passa com figura de homem,
de floresta e covil de sangue e bicho
tem pulso vivo que contunde imóvel
no coração diáfano do espírito."
Fernando Echevarría, Uso de Penumbra, Porto: Afrontamento, 1995, p. 153.
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