"As colinas penetram na brancura.
Homens ou estrelas
olham-se com tristeza, desiludo-os.
O comboio deixa um rastro do seu alento
Oh vagaroso
cavalo da cor da ferrugem,
Cascos, dolorosos sinos...
Toda a manhã obscureceu
uma flor abandonada.
Os meus ossos absorvem a quietude, longínquos
campos estremecem o meu coração.
Ameaçam
levar-me para um céu
sem estrelas e sem pai: uma água negra."
Sylvia Plath, Pela Água, trad. Maria de Lourdes Guimarães. Lisboa: Assírio & Alvim, 2000, p. 19.
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