"Se penetrares num bosque de velhas árvores, de altura fora do comum e tais que a densidade dos ramos entrelaçados uns nos outros oculta a visão do céu, a própria grandeza do arvoredo, a solidão do lugar,a visão magnífica dessa sombra tão densa e contínua no meio da planura, tudo te fará sentir a presença divina. Se vires uma montanha como que suspensa sobre uma caverna escavada na rocha, não pela mão do homem, mas roída por causas naturais até formar um enorme espaço, a tua alma será atingida por uma certa aura de religioso mistério."
Lúcio Aneu Séneca, Cartas a Lucílio, 41, trad. J. A. Segurado e Campos, 6.ª ed., Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2018, p. 141.
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