"(Assim, na poesia, a imagem preexiste à ideia a correr por dentro dela. Durante anos pode seguir um poeta: fabulosa e doméstica, angustiante e familiar. Quase sempre uma imagem da primeira infância: a etiqueta encantatória numa velha árvore do parque, o retorno, na vigília e no sonho, de uma figura de mulher que arruma fruta numa mesa. Imperscrutável e suave, ela espera pacientemente que a revelação - que o destino - a cumule)."
Cristina Campo, Os Imperdoáveis, trad. José Colaço Barreiros, Lisboa: Assírio & Alvim, 2005, p. 48.
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