"Enquanto não estiver preparado progressivamente, por meio da noite obscura e cheia de aridez, ele não poderá sentir os prazeres e os bens espirituais; a secura e a repugnância terão dado lugar a essa suavidade que antes saboreava com tanta facilidade. De facto, aqueles que Deus começa a introduzir nas solidões do deserto são parecidos com os filhos de Israel. Logo que Deus os conduziu ao deserto, começou a dar-lhes o maná que caía do céu e que em si próprio continha todos os gostos e que, como se diz na Escritura, tomava o gosto que cada um desejava."
São João da Cruz, A Noite Obscura, trad. Teresa Antunes Cardoso e Armando Pereira da Silva, Lisboa: Editorial Estampa, 1993, pp. 68-69.
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