"A cidade abriu-se para o sol.
Como um lírio aberto, vermelho de mil pétalas
Ela revela-se, surge incompleta.
Um céu ardente vem pintar
Miríades de chaminés reluzentes no seu topo,
Enquanto ela, lenta, exala para o sol.
Criaturas apressadas correm
Pelo labirinto da sinistra flor.
De que é que fogem?
Uma ave negra cai do sol.
Curva-se de repente para o coração da enorme
Flor: o dia começou."
D. H. Lawrence, Os animais evangélicos e outros poemas, trad. Maria de Lourdes Guimarães, Lisboa: Relógio d'Água, 1994, p. 35.
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