"Presos a um entendimento atávico,
à ideia de que o futuro é um fulgor
que brilha ao fundo da avenida.
Um tempo de analepses lança pontes
com os dias terminais de Roma,
a Pérsia, a Assíria, a Babilónia.
Uma obscura razão atravessa os séculos,
ressurge nas catacumbas.
Pelos aparelhos de observação
espreita a dor que desponta,
o orifício aberto no refugo da História,
por onde olhar as sobras do presente.
A estranha consciência que prevalece
à ruína do império romano do Ocidente."
Paulo Teixeira, A Comoção do Mundo, Lisboa: Caminho, 2020, p. 97.
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