"A criança fecha os olhos no muro
Conta o tempo que os amigos demoram
A transformar-se
Fecha os olhos no interior dos números
Olha para dentro e em redor e encontra-se
A si mesma
A criança pergunta se há-de ir ter consigo
Ela quer encontrar os amigos, ela quer
Que lhe respondam. Ela calcula a voz alta
A altura do muro, a progressão do silêncio"
Daniel Faria, Poesia, Lisboa: Assírio & Alvim, 2012, p. 292.
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