"Em ti suave Cruz, posto que dura
Por ver sangue inocente derramado,
Pregado pés e mãos, aberto o lado,
Donde minha esperança se perdura.
Em ti de piedade e de brandura
Doce penhor do penitente errado,
Em ti Cristo Jesus dependurado
A salvação do mundo dependura:
Em ti se consumou toda a crueza,
Que em corações humanos se acendia
Contra todas as leis da natureza.
Mas em ti se tornou, em alegria
Da nossa redenção, toda a tristeza:
Oh Cruz defensão nossa, nossa guia."
Frei Agostinho da Cruz, Poesia Selecta, ed. José Cândido de Oliveira Martins, Vila Nova de Famalicão: Edições Húmus, 2021, p. 48.
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