"Ora, por muito pouco que nos interroguemos sobre as condições objectivas do simbólico, por exemplo, somos levados a prestar o máximo de atenção ao fenómeno da evocação. Tudo se passa, com efeito, como se certos objectos e certas imagens beneficiassem, devido a uma forma ou a um conteúdo particularmente significativos, de uma capacidade lírica ainda mais nitidamente marcada do que é habitual. Comummente válida, se não mesmo universalmente, essa capacidade, pelo menos em certos casos, parece fazer parte essencial do elemento considerado e poder, por conseguinte, aspirar, como ele, à objectividade."
Roger Caillois, O Mito e o Homem, trad. José Calisto dos Santos, Lisboa: Edições 70, s.d., p. 31.
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