"Depois das geadas
a magnólia respira
um lume mais brando, mais leve
que o ar. E eu caminho
com os olhos um clarão,
abrigo-me em igrejas onde
a vida dos mártires me arranca
as costuras da luz. Sofrer
é um lento ardor de aquário.
A magnólia abre as pálpebras
feridas. Azul, não sarará."
Andreia C. Faria, Canina, Lisboa: Tinta-da-China, 2022, p. 54.
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