"Dirigia-se a um velho de monóculo que o interrompera no começo e permanecera calado, sem um sorriso, talvez mais pálido, durante toda a conversa.
- Desculpe, Relvas, desculpe. Mas almas dos homens é Deus quem põe o dedo.
- Não diga isso, conselheiro. Deus põe o barro, mas nós é que lhe damos o jeito. É uma questão de paciência, de chicote e de açúcar... Tudo na altura própria. E o segredo, todo o segredo, está nisso."
Alves Redol, Barranco de Cegos, Mem Martins: Publicações Europa-América, 1976, p. 84.
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