"Repara como Deus se retira de todas as coisas. Só um fio ténue e voluntário te prende ainda a ele. És um aranhiço que dança em redor dos seus ombros.
Ele é o namorado terno que cedo, por descuido ou acidente, revela um traço de carácter violento e sombrio, um traço que não fora desenhado antes do amor e que ao aparecer torna o amor impossível.
Ele é o teu rival. Ama-te como uma mulher ama outra mulher. Sois duas mulheres que se descobrem num baile usando vestidos iguais e reconhecem uma semelhança mais profunda."
Andreia C. Faria, Alegria Para o Fim do Mundo, Porto: Porto Editora, 2019, p. 190.
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