"Há no mundo beleza suficiente, mas uma que confunda os sentidos só agora chega com as cores do fogo. Inventa a noite com o seu estranho brilho, chama as casas para o seu declive, engole o mapa da mais situada pele. É o fósforo, o lume a desfolhar-se, a montanha de respiração oculta, esta cama nua, o detalhe nu do sexo. E se abrimos as janelas entram cinzas, por enquanto de madeira e animais no sono."
Andreia C. Faria, Canina, Lisboa: Tinta-da-China, 2022, p. 75.
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