“O dinheiro e a técnica tornaram-se desenfreados, o valor das moedas oscila e, apesar de todas as explicações para o irracional que o ser humano tem à mão, o finito não consegue seguir o infinito e nenhum meio racional consegue fazer regressar a insegurança irracional do infinito ao racional e controlável. É como se o infinito tivesse despertado para uma vida independente e concreta, transportado e acolhido pelo absoluto, que se ilumina no horizonte mais longínquo no momento que separa a ruína da ascenção, neste momento mágico da morte e da criação.”
Hermann Broch, Os Sonâmbulos, trad. António Sousa Ribeiro, Lisboa: Relógio D'Água, 2018, p. 578.
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