"Às vezes acordo à noite
Sobressaltado pelo galope secreto do vento
Pela conversa transparente
De mulheres nuas
Pelo fragor de antigas batalhas
E o humor doce de mortos recentes.
E então invadido por imensos
Fornecedores de borboletas
Possuído pela canção incessante
Do mar que me persegue desde a infância
Saúdo a alvorada com estranhas metáforas
Dou os meus bons dias ao mundo
com o meu séquito de fantasmas."
Guillermo Martínez González, in Um País que Sonha – cem anos de poesia colombiana (1865-1965), selec. Lauren Mendinueta, trad. Nuno Júdice, Lisboa: Assírio & Alvim, 2012, p. 351.
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