“- Que tempos? – disse João Pinheiro. Estava gordo, pachorrento. Arrastava os pés e os erres ao falar. – Que tempos? Estou exactamente onde começou o período da Secessão de Viena, onde começou a reabilitação do feio. A arte tem que ser repugnante para não ser atingida pelas redes do Estado, que faz olhinhos à cultura, que quer fornicar com ela, e barato, se puder ser.”
Agustina Bessa-Luís, Prazer e Glória, 2.ª ed., Lisboa: Relógio D’Água, 2019, p. 55.
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