"Portanto, a serenidade e despreocupação, que não devem ser atenuadas, seriam mal compreendidas se fossem equiparadas a um dolce far niente. Jesus não se manifesta contra o trabalho, mas pressupõe uma natureza ainda intacta. O apreço pela vida causa um efeito libertador. A vida (em grego: psuchê) é mais do que comida e vestuário. A pessoa, na sua preocupação com estas coisas, pode gastar a sua vida em vão, pode perder o sentido da vida em coisas de importância secundária. É um homem livre e feliz que diz palavras libertas de preocupações angustiantes. As palavras são tão preciosas também porque nos devolvem uma imagem de Jesus muitas vezes esquecida."
Joachim Gnilka, Jesus de Nazaré - Mensagem e História, trad. Teresa Martinho Toldy e Marian Toldy, Lisboa: Editorial Presença, 1999, p. 174.
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