“O Cristianismo precisa de ser estudado desprevenidamente, como quem estuda um objeto abstrato, cuja certeza ou falsidade pouco importa a quem o estuda. Cumpre assim falar ao ceticismo; se não, interrogamos logo sobre dificuldades histórias, dificuldades metafísicas, dificuldades da moral. Descrer é que não tem nenhumas dificuldades.
Estude-se o cristianismo, se isto lhes quadra, como um problema de geometria; mas não valha ao incrédulo a evasiva de «não compreendo». É injudicioso negar a existência dos antípodas, por que não compreendemos os efeitos de Newton.
O cristianismo é divino por ser fundador.”
Camilo Castelo Branco, Divindade de Jesus, 6.ª ed., Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1927, pp. 74-75. [ort. at.]
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