“A cabeça de Rayber, como se tivesse sido fulminada por um raio invisível, caiu de cima do parapeito. Ele agachou-se no chão, com os olhos furiosos toldados pelos óculos a brilharem atrás do arbusto. Lá dentro, ela continuou a guinchar: «Estão surdos à Palavra de Deus? A Palavra de Deus é uma Palavra ardente que vos purificará pelo fogo, queima homens e crianças, homens e crianças por igual, meu povo! Sejam salvos no fogo do Senhor, ou deixem-se consumir pelas vossas próprias chamas! Sejam salvos…»”
Flannery O’Connor, O Céu É dos Violentos, trad. Luís Coimbra, Lisboa: Relógio D’Água, 2014, p. 110.
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