"Nas distâncias a que me deixaram,
desci e escalei.
Primeiro encontrei
um prato de zinco,
de onde gravavam
os mortos que esqueceste.
Cresciam e cresciam.
Cada um tinha o teu nome.
Possuía um som muito bonito,
quando o vento o deixava ao passar."
Paul Celan, "Poemas do Espólio", in Os Poemas, trad. Maria Teresa Dias Furtado, Lisboa: Assírio & Alvim, 2022, p. 791.
No comments:
Post a Comment