"Leve, breve, suave,
um canto de ave
Sobe no ar que principia
O dia.
Escuto, e passou...
Parece que foi só porque escutei
Que parou.
Nunca, nunca, em nada,
Raie a madrugada,
Ou splenda o dia, ou doire no declive,
Tive
Prazer a durar
Mais do que o nada, a perda, antes de eu o ir
Gozar."
Fernando Pessoa, Ficções do Interlúdio, ed. Fernando Cabral Martins, Lisboa: Assírio & Alvim, 1998, pp. 65-66.
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